Locais de risco em decorrência da enchente em Pelotas (RS)
Imagem: Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas
O calor atípico no Sudeste e no Centro-Oeste, as chuvas que não param no Sul do país e as altas temperaturas do mar no Nordeste estão todos conectados: são resultado do aquecimento do oceano e do bloqueio atmosférico.
No Brasil, as principais frentes frias vêm do sul, trazendo ventos gelados desde a Antártida. Mas, desde o final de abril, esses ventos não conseguem passar de Santa Catarina, promovendo um verão fora de época do Paraná ao Mato Grosso do Sul. É como se os sistemas meteorológicos ficassem paralisados, com uma massa de ar quente e de alta pressão estacionada no Sudeste, e cada frente-fria (zonas de baixa pressão) que tenta avançar bate nessa massa, não consegue perfurá-la e acaba despejando toda a chuva que carrega no próprio Sul.
Além dos ventos enfraquecidos em diferentes níveis da atmosfera, o aquecimento do oceano potencializa esse bloqueio. Mês após mês, temos registrado temperaturas recordes no oceano, e águas mais quentes são um fator a mais para impedir que as frentes frias avancem – além de também contribuírem para o branqueamento em massa dos corais no Nordeste.
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