Vira e mexe, a Indonésia chama a atenção da mídia por algumas políticas extremas adotadas com relação a crimes cometidos no país. Mas tem uma que você provavelmente não ouviu falar: Sabia que os barcos de pesca ilegal apreendidos lá são explodidos?
É isso aí: quando as autoridades encontram uma embarcação estrangeira pescando ilegalmente, os tripulantes são deportados, o barco é apreendido e depois queimado ou explodido – muitas vezes, com transmissão nas TVs locais.
A política levantou questionamentos quando começou a ser adotada em 2015 por ser considerada muito extrema. Logo nos anos seguintes, contudo, relatórios científicos feitos em parceria Indonésia e EUA mostraram que a medida se provou eficiente em curto prazo!
Ao invés de colocar a pressão para controlar a pesca nos pescadores locais, que a realizam em menor escala, o governo decidiu focar em navios estrangeiros de maior porte que invadiam a área, retirando muito mais do que o permitido e em área proibidas. As forças armadas foram mobilizadas em grande escala para apreensão destes barcos, e em 2 anos provou-se que a quantidade total pescada no país diminui, enquanto a renda dos pescadores nativos aumentou!
Mas ninguém nega que explodir um barco é chocante ( e também gera impactos). Por isso, o novo ministro da pesca está repensando a ação. A ideia seria leiloar os barcos apreendidos ou doá-los para as comunidades caiçaras. Parece ótimo, né?
Só que não funciona muito bem… O que acontece é que quem gerencia a pesca ilegal no geral já tem muito dinheiro, e fica fácil usar intermediários para recomprar o barco no leilão ou nas próprias comunidades caiçaras. Políticas assim já foram adotadas em outros países e não tiveram resultados tão significativos como a opção #fogonosbarcos…
E aí, o que você acha?